18/10/2013

"Paris Je t'aime"

   Ainda a propósito do conto A Aia, poderás gostar de ver esta curta-metragem, que faz parte do filme "Paris Je t'aime", e na qual a personagem principal faz lembrar a de Eça.


Eça de Queirós, A Aia





   Eça de Queirós escreveu este conto sobre a relação de lealdade de uma aia ao seu rei e ao seu reino. Através dos textos que se seguem, poderás conhecer melhor esta extraordinária personagem.



   Neste conto, a personagem principal, a Aia, entrega o seu filho a uma morte horrenda, para salvar o seu futuro rei.
   Na minha opinião, a atitude da aia foi de patriotismo. Patriotismo significa o sentimento de orgulho, amor e devoção à pátria.
   Para ela, salvar o principezinho era como uma recompensa, porque, no fundo, este era um filho para ela. Também tinha uma grande consideração pelo rei que partiu e, afinal, era o seu filho quem um dia mais tarde o iria suceder. A escrava acreditava na vida depois da morte e isso ajudou-a a ultrapassar a dor. Se ela não o salvasse, o que seria do Reino? Nada! Como podemos ler no conto, a aia amava tanto o seu futuro rei como o seu próprio filho - “cercava de carinho igual, porque se um era seu filho, o outro seria seu rei”.
   Para mim, foi mesmo uma atitude de patriotismo, pois o bebé seria seu rei, já que o seu pai, por quem ela tinha uma grande admiração e consideração, partira e sem ele não voltaria a haver rei. Se ela o fez, foi porque era preciso, amor de mãe é único e não se pode julgar.

Autora: Sofia Costa, 9.ºA


   No conto A Aia, de Eça de Queirós, a atitude patriota da personagem principal, a aia, é bem clara com a sua decisão de trocar os bebés de berço, com o fim de proteger a vida do principezinho, seu futuro rei, mas, com isso, tirando a vida ao seu filho.
   Com esta atitude da personagem, pode-se ver o seu patriotismo, ou seja, o seu sentimento de amor e de devoção à pátria.
   Esse patriotismo está muito bem explícito na expressão “sem uma vacilação, uma dúvida, arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga – e tirando o seu filho do berço servil, (…) deitou-o no berço real”, pois mostra que ela não pensou duas vezes em salvar o príncipe. Expressões como “também ela tremia pelo seu principezinho”, “Serva sublimemente leal” e “Fora ela que, para conservar a vida ao seu príncipe mandara à morte o seu filho”, são outras que mostram o seu amor ao príncipe e a sua lealdade.
   Esta atitude patriota da aia mostra como ela era leal ao seu reino e que faria de tudo para o proteger, mesmo que fosse matar o seu próprio filho.   

Autora: Maria Caldeira, 9.º A


   Pessoalmente, eu não concordo com a atitude da aia, achando-a incorreta e cruel, embora tenha sido para salvar o futuro do seu reino.
   Eu não concordo com a sua atitude, pois penso que não existe nenhum laço mais forte que o de uma mãe e o seu filho. Embora a aia acreditasse na vida para além da morte, que seria o melhor para o seu reino e que ainda poderia ir ter com o seu filho após a sua morte, eu não acredito que a rainha fizesse o mesmo pela aia. Apesar desses factos, acho que foi muito corajoso o seu ato e não duvido do seu amor pelo filho.
   Se eu estivesse na pele da aia durante o momento em que o Tio bastardo invadiu o castelo, teria tentado lutar pela vida do príncipe, mas nunca a teria posto em primeiro lugar, prejudicando o meu filho.
  
Autor: João Fontaínhas, 9.ºA


   A decisão da aia, neste conto, foi uma manifestação de patriotismo e heroísmo, ao trocar o seu filho pelo príncipe, para salvaguardar o reino e para que a hierarquia continuasse.
     Podemos afirmar que a aia agiu de forma patriota, devido ao seu amor pela pátria e à sua servidão “sublimemente leal”. A personagem também mostra o seu patriotismo e heroísmo, através do seu comportamento violento na troca dos bebés para assegurar o reino - “(…) arrebatou o príncipe do seu berço de marfim, atirou-o para o pobre berço de verga…”. O que consolava a sua dor era a crença na vida para além da morte. Por isso, no final, decidiu suicidar-se, para poder continuar a amamentar o seu filho.
       A decisão da aia foi, sem dúvida, um exemplo de amor à sua nação, pois teve a coragem de sacrificar o seu filho para salvar o reino.

Autor: Ivo Teixeira, 9.º A



07/10/2013

A menina que não gostava de livros

  Era uma vez uma menina muito bonita, tinha cabelo louro, olhos pretos, nariz empinado, mas estava sempre zangada porque não gostava de livros e os seus pais compravam-lhe muitos.

  Um dia a mãe comprou-lhe muitos novos livros e ela fartou-se, deu um berro e foi para o quarto.

  Passava meia hora da zanga quando, por magia, se abriu um portal na parede de onde se via uma pilha de livros com o seu gato no topo. A menina mandou-o descer, mas rapidamente se arrependeu, pois viu que, quando o gato tentava obedecer, os livros tremiam, tremiam...até que o inevitável aconteceu. No mesmo instante em que se desmoronou a torre de livros, um clarão encheu o quarto e, poucos segundos depois, a menina viu-se rodeada de estranhas personagens que não conhecia porque nunca tinha lido nenhum livro.

  As personagens começaram a fazer uma festa e ela, contente, dançou com eles. Viu chegar os maus, os bons, todos ali, fascinantes! Quando fizeram menção de voltar a passar pelo portal, a menina perguntou a um deles onde os poderia voltar a ver. Ele respondeu-lhe que só nos livros se poderiam encontrar.

  A partir daí, nunca mais odiou livros, lia muito e os pais mostravam-se orgulhosos.


Autor: João Magalhães, 6º ano A
(inspirado nas ilustrações de João Caetano)