11/11/2013

As Estrelas





          Era uma vez uma menina, muito traquina, que não queria ir à escola. Por mais que os seus pais insistissem, não conseguiam que a menina fosse aprender a ler e a escrever, como todos as crianças da sua idade. 
Um dia, quando brincava no jardim, conheceu uma senhora muito meiga e paciente que a ensinou a ler e a escrever. Mas a senhora já era idosa e, passado algum tempo, adoeceu gravemente. A menina ficou muito triste, porque a senhora, agora, vinha poucas vezes e, quando vinha, ficava pouco tempo, porque estava cada vez mais fraca. Certo dia, veio para se despedir da pequena. Abraçou-a com ternura e com lágrimas nos olhos. A menina chorou, porque sabia que aquela era a última vez que via a sua amiga.
 Ao ver a tristeza da menina, a senhora disse-lhe:
  - Não fiques triste, minha querida. Chegou a hora de partir e, em breve, estarei longe daqui, mas estarei sempre contigo e, quando me quiseres ver, olha para o céu e a estrela mais brilhante que lá se encontrar, sou eu que te sorri.
A senhora não mais voltou. A menina não suportava mais a saudade. Certa noite, não conseguindo dormir, abriu a janela e olhou o céu a chorar. De repente, seu rosto iluminou-se. Era uma estrela muito brilhante, muito bonita, tão perto que quase lhe podia tocar e que, agora, lhe acariciava e aquecia o rosto. Era a amiga que a ensinara a ler e a escrever. 
 A partir dai, todas as noites, a menina olhava o céu e, com o tempo, o céu começou a encher-se de estrelas. A menina concluiu que cada estrela correspondia a uma professora que tinha ido para o céu, por ter sido paciente e ensinar os meninos que não queriam aprender a ler e a escrever.
Assim nasceram as estrelas. Mas de todas as que povoavam o céu, a maior e a mais bonita era, sem dúvida, a sua estrela.




Maria do Céu, 5.º ano B

2 comentários:

  1. Adoro o teu texto pois agora percebi o que são a estrelas.
    Parabéns!

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  2. Parabéns Maria do Céu!!!
    O texto está muito bem escrito e com muita imaginação.

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